quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Impressões


Uma sensação de estar tudo fora do lugar toma conta de mim… E sinto a profundidade das palavras e pensamentos correndo por gerações, reinos, épocas … Homens , pensadores…. Deus… O mundo passa velozmente em minha cabeça, tantas histórias e pessoas… Minha história…
Onde foi que perdemos nosso Pai? Onde perdemos nosso primeiro amor? Quando foi que quisemos o lugar de Deus, do nosso Pai? Teria sido no jardim? Um lugar tão puro e doce, lugar de delícias…
Onde complicamos tanto as coisas e olhamos ardentemente para o espelho, admirando nossa imagem e ignorando todo resto? 
Desde quando temos abandonado e organizado o complô para assassinarmos nosso Pai? Apagarmos sua figura, impedirmos sua forte mão? Onde foi que as paixões errôneas e desequilibradas de nosso eu, venceu o bom senso e a moderação?  Onde cortamos o Pai, algo dEle, Ele, sua fala, sua voz?
"Vivemos em um mundo desencantado e experimentamos atualmente o mal-estar nascido dos vazios provocados pela ausência de Deus, de fé e de lei" -  Sinto parte desse peso agora, como se carregasse toda culpa pelo afastamento… Sinto o mal estar da civilização, um descontentamento… Uma inquietação… Sim, algo saiu do lugar e desarrumou nosso mundo! Sinto as dores desse mundo… Sinto a desventura da humanidade.
Então me ponho de joelhos diante do Pai… "Ele é a estrutura, o esteio, a força que suporta e dirige, a lei. O pai oferece o abrigo para o repouso e o reencontro depois das aventuras e das experiências fracassadas. A casa paterna é o lugar da segurança."
Meus olhos se embargaram… E tudo girou rapidamente, como num filme em edição moderna com a ligeireza de nosso tempo…
Peço ao nosso Pai perfeito que mude nossa história, que sua grandeza seja revelada aos nossos líderes, as autoridades, aos pais de famílias, aos pastores, as mulheres, as escravos, aos senhores, aos gregos, espartanos… A nós e a nossos filhos… Peço que a "ardente expectativa da criação" que é conhecer a Deus seja manifesta, e que sejamos luzeiros….
Ah, não poderia ser diferente, dentro de mim, "miserável mulher que sou…" sinto a repugnante luta entre o bem e o mal. Entre o otimismo e pessimismo. Mas, creio no bem, na moderação e na ordem, que tudo vai dar certo se olharmos para o Pai. Nosso verdadeiro exemplo de amor, justiça, misericórdia, honra. Aquele que nos sustenta, nos protege e que nunca desistiu de nós…
Peço ao nosso Pai, em quem não há sombra ou variação de mudança, de quem vem todo o que bom, tudo que justo… E sinto meu peito inflar de grandes esperanças…

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