quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A vida e Eu

Tão magnífica quanto um conto
Regada à poesia e sombras...
cortante e real
Tão teatral, tão profunda e intensa
tem o encanto da língua e da letra
E ao fundo, a música de um agudo violino
Vestida de muitos encantos que até lhe acho rica
Cheia de superlativos... 
onde vislumbro a "aparência monumental as idéias"
- Retórica, me dê uma comparação exata e poética para dizer
o que são as doçuras da vida!  O que são e me fazem!
Mas nada enche mais o meu peito, do que o desejo de amar
Como descrever este encher em palavras?
Elas, as palavras, recolhem-se e se calam
Entender a vida... Ah, a alma é cheia de mistérios
Olhar para dentro de si mesmo, dura pena somando ilusões, temores, saudades
Faz meu coração bater tão violento, que agora posso ouvi-lo
Gostaria de descrever, descrever
Mas nem a língua humana possui forma idônea para tanto
E conhecendo as regras do escrever
me aprofundo nas do amar
Ainda procuro virtude e razão,
no entanto há uma antiga paixão que me ofusca e me faz desvairar como sempre
São inconciliáveis
Tão extremas e tão queridas também
E sempre há um turbilhão novo, que me envolve em mim mesma
me dá arrepios e me derrama num bálsamo interior
Ainda não posso entender tamanha explosão
Há conceitos que ainda há se incutir na alma
o desafio de pensar e pensar... Repetidamente
Pensar em todas as alterações, dos gestos, das palavras, dos gostos...
Observar, abstrair, repensar, de forma minuciosa e atenta
A força da repetição... Tentativa e erro
E tudo é matéria para minha curiosidade e admiração,
os costumes, um dito aqui, uma lembrança ali, um pensamento,
livros velhos, grandes homens... Muitas histórias, a infância, a adolescência
e parte da juventude que hora se vai
Sou ainda um pouco fugitiva, com as mãos, com os pés, com as falas, com o todo
E são tão enfáticos os meus pensamentos....
E é tão difícil raciocinar com o coração de brasa feito e, ao mesmo tempo, desejar ser moderada e serena
Prefiro ser excessiva a diminuta
A natureza é simples, a arte atrapalhada
e eu indecisa, me esquio entre as tais
Mas já trago nos olhos outra reflexão e na boca outro reino.

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